O que é Diverticulite?
Antes de explicar o que é diverticulite, devemos esclarecer o que são os divertículo colicos. Divertículos são pequenas formações saculares que se formam na parede do intestino grosso. Estas simulações podem apresentar dois tipos principais de complicação: sangramento e a inflamação.
O termo diverticulite define o processo de inflamação do cólon causado por complicações do divertículo. Acredita-se que esta inflamação seja decorrente de perfuração microscópica destes divertículos. Sua ocorrência é mais prevalente em pacientes de maior idade. Estima-se que esta inflamação ocorra em até 15% dos pacientes com diagnóstico de divertículos.
Quais são os Sintomas da Diverticulite?
O sintoma mais frequente é a dor abdominal, normalmente localizada na porção inferior a esquerda do abdômen. Outros sintomas como febre baixa. alteração intestinal (constipação ou diarreia) e náuseas podem estar presentes. Em algumas situações, é possível palpar um endurecimento abdominal no local da dor.
Dor intensa e queda da pressão (hipotensão) são indicativos de situações mais graves e deve ser avaliadas imediatamente em um serviço de Pronto-Socorro.
Como é feito o diagnóstico da Diverticulite?
À partir da história clínica e do exame físico, o médico deverá solicitar exames laboratoriais e tomografia computadorizada de abdome total quando suspeitar de diverticulite.
Em geral, os exames de laboratórios podem indicar a presença de infecção e inflamação. Quadros mais leves podem cursar com alterações mínimas dos exames ou até mesmo apresentar exames de sangue normais.
O diagnóstico definitivo é dado por alterações na imagem da tomografia. Nestes casos é possível avaliar a intensidade e a extensão da inflamação causada pela diverticulite, bem como a presença de eventuais complicações.
Quais são as possíveis complicações da Diverticulite?
As complicações mais comuns da diverticulite são a formação de abscesso e a perfuração intestinal.
O abscesso é uma coleção de pus que se forma na área inflamada como resposta do organismo à infecção causada pela diverticulite.
Como dito anteriormente, a diverticulite é causada por micro perfurações dos divertículos. Em situações mais graves, pode haver o rompimento dos divertículos que leva a contaminação da cavidade por pus ou fezes.
Outras complicações menos frequentes são a obstrução intestinal e a formação de uma fístula.
Como se trata a diverticulite?
No que se refere a tratamento, os casos de diverticulite devem ser divididos em 2 grupos principais: as complicadas e as não-complicadas.
- As diverticulites não-complicadas são passíveis de tratamento com antibiótico por via oral em casa. Algumas situações devem ser levadas em conta nesta decisão: o estado geral do paciente, a intensidade dos sintomas e a presença de outras doenças que possam agravar a infecção. Naqueles casos que não é recomendável o uso de antibióticos por via oral, o paciente deve ser internado para tratamento com antibióticos endovenosos e observação. Em geral, a maioria destes casos recebe alta após aproximadamente 48 horas de internação.
- As diverticulites complicadas devem sempre ser internadas e receber antibióticos endovenosos. Os casos de abscesso podem necessitar de punção guiada por método de imagem como Ultrassom ou Tomografia.
- As diverticulites com suspeita de perfuração devem ser submetidas a laparoscopia para avaliação cirúrgica. Nesta situação o cirurgião pode optar por realizar a limpeza da cavidade abdominal, drenar coleções de pus ou, eventualmente, proceder a retirada de parte do intestino (colectomia).
O que é colostomia?
No caso de retirada do intestino, o uso da colostomia é necessário? A colostomia é o desvio do intestino para a parede abdominal. Nesta situação, o intestino é exteriorizado pela parede abdominal e as fezes são coletadas em uma pequena bolsa plástica.
A realização da colostomia depende da avaliação do cirurgião durante o ato operatório. Ela é realizada somente nas situações em que não há segurança na realização da anastomose do intestino (costura entre as duas porções). Os principais fatores que podem determinar a necessidade de colostomia são: condições clínicas do paciente e grau de contaminação da cavidade.
As diverticulites não-complicadas podem necessitar de cirurgia? Em algumas situações, o médico pode optar pela realização de cirurgia. Todo o caso deve ser avaliado individualmente e deve levar em consideração a opinião do próprio paciente. Nesta situação, avalia-se os seguintes aspectos: condições clínicas do paciente, quantidade e gravidade dos episódios de diverticulite, idade de ocorrência, entre outros.
Existe alguma forma de se evitar a diverticulite?
Alguns estudos atualmente avaliam o efeito de algumas medicações na prevenção dos episódios de diverticulite. O principal medicamento em estudo é a Rifaximina, porém esta não é disponível para comercialização no Brasil.